Copa do Mundo: Judeus religiosos receberão comida kosher no Catar
Judeus praticantes que forem assistir aos jogos da Copa do Mundo no Catar se terão alimentação kosher no local, segundo o porta-voz da delegação israelense presente no Estado árabe.
“Vários rabinos de outros países do Golfo e dos Estados Unidos tomaram iniciativas para fornecer comida kosher a turistas judeus e israelenses”, disse Alon Lavi.
“Você também deve ter em mente que os judeus observantes geralmente planejam apenas uma curta estadia no Catar, então eles também têm a possibilidade de mudar para frutas e vegetais durante esse período”.
Os comentários vêm depois de reportagens recentes da mídia dizendo que o estado árabe proibiu comida kosher em seu solo.
O rabino americano Marc Schneier é quem facilitou a abertura da primeira cozinha kosher no Catar, por meio de esforços conjuntos das autoridades americanas e do Catar.
"A Copa do Mundo da FIFA visa reunir as pessoas, interagir com diferentes nações, culturas e religiões e fazer com que todos se sintam incluídos e bem-vindos", disse o rabino Marc Schneier, que preside a Fundação para o Entendimento Étnico, com sede em Nova York, que trabalha para melhorar relações judaico-muçulmanas.
O líder da comunidade trabalhou em estreita colaboração com as autoridades do Catar nos últimos cinco anos para acolher a participação de torcedores judeus na Copa do Mundo, que começou em Doha no domingo.
“Oficiais do Catar me falaram sobre três de seus objetivos para esta Copa do Mundo: receber torcedores judeus e israelenses, fornecer acesso a comida kosher para judeus observantes e estabelecer voos diretos entre Tel Aviv e Doha. E todos esses objetivos foram alcançados", observou Schneier.
Ele é particularmente grato à Qatar Airways por ter oferecido sua cozinha, que foi revisada para ser kosher, para preparar as duas refeições diárias oferecidas aos apoiadores que respeitam as leis dietéticas do judaísmo.
A cozinha kosher está sob a supervisão do Rabino Mendy Chitrik de Istambul, presidente da Aliança dos Rabinos dos Estados Islâmicos, e seu filho Rabino Eliyahu Chitrik.
Quanto às orações autorizadas, Lavi destacou que, até onde sabe, não há sinagogas no Catar, mas é perfeitamente possível rezar em outros lugares, sem especificar se é permitido em público.
Seja como for, o porta-voz da delegação israelense lembrou que a palavra de ordem que deve reger o comportamento dos torcedores israelenses é "discrição".
Ele destacou, em especial, que as únicas bandeiras autorizadas nos estádios pela FIFA são as das seleções que estão jogando e que, portanto, não há razão para trazer bandeiras de Israel para o estádio, já que a seleção não vai disputar a Copa do Mundo.
“Os torcedores israelenses devem, acima de tudo, usar o bom senso e ter em mente que estão em um país muçulmano que não tem relações diplomáticas com o Estado judeu.
“Eles se misturam com turistas de outros países árabes, como Irã ou Arábia Saudita”, observou Alon Lavi.
Milhares de torcedores israelenses são esperados no Catar para assistir à Copa do Mundo. O primeiro voo comercial direto de Tel Aviv para Doha - fretado especialmente para o evento - aconteceu no domingo. Israel também assinou um acordo com o Catar para estabelecer um escritório diplomático temporário lá para prestar assistência aos cidadãos israelenses durante o mês que durará a competição.
Material retirado do portal I24NEWS.
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